As pessoas surdas tem duas vezes mais chances de sofrer com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, em relação às que ouvem. E essa situação pode ficar ainda pior. A dificuldade de encontrar um profissional que supere a barreira da comunicação pode agravar os sintomas.
Para atender o paciente surdo, o psicólogo precisa antes de tudo promover a sua inclusão. A habilidade de se comunicar por LIBRAS (a Língua Brasileira de Sinais), que é a segunda língua oficial do Brasil, é o primeiro passo para tornar a comunicação com o paciente surdo mais acessível. A LIBRAS abrange vários canais através dos quais podemos nos comunicar, como gestos, mímicas, expressão facial e corporal. É preciso entender, porém, que por trás da linguagem se desenvolve toda uma identidade e cultura surda.
Sendo assim, vejo a importância de o profissional, além de saber LIBRAS, se aprofundar também no conhecimento da cultura surda. É por meio da compreensão de tudo o que envolve o comportamento de seu paciente que o psicólogo pode fazer um diagnóstico mais adequado e ter melhor resultado no tratamento de sua saúde mental.
“O psicólogo deve ser um cientista do comportamento com uma formação teórica e metodológica que lhe permita compreender seu objeto de estudo. Não deve ser um profissional limitado as técnicas a serem aplicadas”
(Maluf, 1994 – Formação e atuação do psicólogo na educação: dinâmica e transformação)
3 Comments
Olá, muito interessante o trabalho de vocês, sou acadêmica de Psicologia e gostaria de fazer meu TCC baseado na importância de Psicólogos habilitados em Libras para atendimento de pessoas surdas. No entanto preciso de livros para referencial teórico, se puderem me indicar eu agradeço muito!
Gostaria de um e mail de contato para uma possível pesquisa sobre o atendimento a pessoas surdas.
Olá Nadhine,
Meu e-mail para contato: michele.sandoval@psicologiainclusiva.com.br
Add Comment